PROFESSORES DESENVOLVEM
ATIVIDADES EM LIBRAS COM AUXILIO DE
APLICATIVO GRATUITO
Fonte:
http://brusque.portaldacidade.com
Numa escola pública
localizada no interior do estado de São Paulo, um grupo de professores, criaram
um projeto capaz de transformar a comunicação e socialização de alunos
deficientes em sala de aula. Com a ajuda de um aplicativo gratuito chamado
ProDeaf, os professores realizam atividades inclusivas envolvendo teatro e
música fazendo com que os alunos aprendam Libras de forma lúdica e de um modo
mais dinâmico.
A ideia do projeto
surgiu no ano passado, quando uma aluna do 5° ano mostrou a professora Cláudia,
o aplicativo ProDeaf que estava lhe ajudando a aprender libras,
“Quando ela me contou que queria aprender a
linguagem dos sinais para se comunicar com a coleguinha deficiente auditiva,
senti que precisava trazer essa ideia para sala de aula. Então, conversei com
os outros professores junto com a coordenação da escola e me surpreendi com o
apoio que tive para realizar esse projeto, pois todos perceberam que era
realmente, uma questão de necessidade.” conta Cláudia.
O aplicativo Prodeaf é
gratuito e pode ser encontrado na Googleplay ou no site oficial do
desenvolvedor Prodeaf Web, que é exclusivo para computadores. O aplicativo
funciona como um tradutor, onde é possível digitar uma frase como,por exemplo: “Olá,
como foi seu dia?” e um personagem virtual traduz essa frase mostrando os
movimentos que correspondem cada palavra em Libras; a ferramenta conta também
com um dicionário em Libras organizado por categoria de palavras para
complementar o aprendizado. O recurso mais interessante do Prodeaf é a
possibilidade de qualquer usuário ativo “criar um sinal” para compartilhar com
os amigos; e foi exatamente esse mecanismo que chamou a atenção da equipe de
educadores, pois a ferramenta tecnológica foge do convencional e motiva os alunos
a exercitarem sua criatividade de forma única: Criando sinais que ainda não
existem em Libras.
A primeira atividade com
o Prodeaf partiu do básico: Aprender o alfabeto. O professor digitava a primeira
letra, o assistente do aplicativo traduzia para Libras e todos os alunos
inclusive os deficientes auditivos repetiam o sinal simultaneamente. A proposta
desse exercício era repetir os sinais memorizando por etapas: A próxima letra sempre
era acrescentada de forma gradativa, sem perder o progresso das anteriores; o
processo se repetiu até a letra “z”. Pouco tempo depois, todos os alunos já
estavam soletrando em Libras, até mesmo o próprio nome sem precisar olhar o assistente
virtual.
Uma das atividades mais
chamativas propostas dentro desse projeto é a realização de peças teatrais
infantis, onde as falas, interpretações dos personagens e trilha sonora são inteiramente
adaptadas em Libras. Esse projeto é realizado todas as terças e quintas feiras,
atendendo uma turma de cada vez.
Os alunos do 3°, 4° e 5°
ano,inicialmente se dirigiram a sala de informática, e acessaram a plataforma
do Prodeaf pelo computador juntamente com seus educadores, cabia às crianças traduzir
suas respectivas falas e se prepararem para a apresentação da peça.
“O uso dessa ferramenta
virtual tornou os alunos muito independentes, já que não necessitam de um tutor
especializado para aprender Libras. Eles apenas digitavam as falas no tradutor,
o boneco virtual repetia com as mãos e, segundos depois lá estavam nossos alunos
aprendendo junto com os colegas deficientes auditivos, que antes não tinham
muito contato com a turma de forma geral. Tornar isso inclusivo aconteceu de
forma natural.” diz Lúcia, a vice-diretora da escola, que fez questão de
acompanhar esse projeto de forma direta.
A preparação dos alunos,
conta com caracterização dos personagens com direito a figurino e sonoplastia
para tornar a atividade mais lúdica. Na sala onde ocorrem os ensaios há um
projetor conectado ao Prodeaf, para caso o aluno esqueça ou tenha duvidas de
como realizar determinado sinal, o professor possa auxiliar com o aplicativo de
forma rápida, sem perder o foco da cena.
Essa ideia teve uma
repercussão tão grande, que a escola recebeu um convite da prefeitura para
realizar o espetáculo no teatro municipal da cidade. Ocorrerá nos dias 21, 22 e
23 de dezembro, terá como tema: “E se o mundo não escutasse?” Será um evento
gratuito para a conscientização da comunidade, válido também como hora
complementar para estudantes da área infantil.
(Por: Isabela Boechart Pereira, 1953088)
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