SOFTWARE LEVA A MATEMÁTICA A CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Aluna :Cassia C. S. Castelhano RU 1044127/ Rosimeiri Ap. L. de Freitas RU1046680
Polo : Lençóis Paulista
Data: 10/09/2017



Aluno testa aplicativo de matemática no Instituto Pró Visão, em Campinas (Foto: Paula Fonseca)

Contas simples e pequenos problemas de matemática podem ficar menos complicados para crianças com deficiência visual com a ajuda de um aplicativo desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O software se utiliza de perguntas em áudio para ensinar alunos a entender a disciplina de forma lúdica nas aulas com professores e também pode auxiliar no dever de casa no ambiente familiar o programa é gratuito.
O MiniMatecaVox foi pensado e desenvolvido como tese de mestrado do tecnólogo em informática Henderson Tavares de Souza, de 31 anos, na Unicamp, no curso de engenharia elétrica na área de concentração em engenharia da computação. O sistema contempla o conteúdo de matemática do primeiro ano do ensino fundamental, portanto para crianças de 6 a 8 anos de idade. São 20 aulas com 300 atividades. "Eles podem aprender conceitos básicos, cálculo mental, além de ser um estímulo ao uso do computador e à inclusão digital", afirma o pesquisador.
A ferramenta poderá ser utilizada dentro de um programa já conhecido e muito usado por deficientes visuais, o Dosvox, que permite a realização de tarefas variadas por meio da voz. O caminho é fazer o download pela internet para ter acesso a todo o conteúdo. "O programa vai fazer perguntas de áudio. Quantos dedos há em sua mão direita? E o professor aproveita para orientar, ensinar a noção de direita e esquerda, por exemplo. A resposta é pelo teclado e um aviso com voz humana diz se o aluno acertou ou não", explica entusiasmado.
O programa, no qual o aplicativo ficará hospedado, faz a leitura de cada tecla digitada pela criança e traduz em som para que seja possível saber o que está sendo escrito pelo teclado do computador. Segundo Souza, não há muito investimento para melhorar o aprendizado de deficientes visuais, principalmente na área de exatas.
A motivação veio na sala de aula, além de pesquisador, Henderson, morador de Louveira (SP), é professor do ensino fundamental na rede pública de Várzea Paulista (SP), cidade próxima. No dia a dia, convivendo com as deficiências de cada aluno para aprender matemática, ele se viu motivado a fazer algo por aqueles que enfrentam ainda mais dificuldades para absorver o conteúdo.
"A matemática tem mais dificuldade para os deficientes visuais por falta de recursos, ferramentas que deem a eles condições de aprender. Espero que através do software eles se motivem para aprender e usar a matemática para as suas vidas e para o futuro", conta o pesquisador, que hoje se diz preparado para receber um aluno com essa deficiência em sala de aula.
Programa foi testado em instituições especializadas que atendem bebês a adolescentes, notado a carência em matemática em adultos deficientes e buscando dar apoio aos jovens principalmente acima de 18 anos onde a maioria chegam sem saber fazer contas de adição, subtração, divisão e multiplicação com três dígitos se não tiver uma base bem feita terão problemas no futuro.






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