“ESCOLA UTILIZA TECNOLOGIA REVOLUCIONÁRIA PARA AJUDAR ALUNOS COM DEFICIÊNCIA”


Fonte: www.leiaja.com

Em São Paulo, a escola municipal, de ensino fundamental, Ana Marcelina, implantou o uso do aplicativo Livox como ferramenta pedagógica, para facilitar a comunicação de alunos com paralisia cerebral, deficiência visual e auditiva. Após uma ano de experiência, o aplicativo conquistou professores e alunos e se tornou um importante aliado no processo de inclusão escolar.

 A instituição, que atende alunos com deficiência desde 2001, hoje possui em sua estrutura interna, sala de Multirrecursos com profissionais habilitados, para a utilização das novas ferramentas tecnológicas, como o aplicativo Livox, que vem auxiliando no desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais, por conseguir atender diferentes deficiências e doenças como o Autismo, ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), pessoas com deficiência visual e auditiva. Razões pelaqual, a diretora de ensino, Silvia Guimarães, afirma ter se baseado para a implantação da tecnologia na prática pedagógica da escola.  “Tornou-se uma ferramenta fundamental de inclusão escolar”, afirma Silvia.

“Algumas mães nos entregavam fichários enormes contendo fichas de comunicação de seus filhos e nós nos esforçávamos para atender cuidadosamente a exclusividade de cada um deles, não era nada prático, hoje temos esse aplicativo que é instalado nos tablets, tornando tudo mais fácil”, diz a diretora, ao relembrar como era o processo de comunicação antes da descoberta da ferramenta inovadora.

Com o uso da nova tecnologia, a escola observou considerável evolução no aprendizado e na comunicação dos alunos deficientes com os demais colegas de sala.

“É incrível como o aplicativo deu voz aos alunos com paralisia cerebral, foi surpreendente descobrirmos o potencial intelectual que esses alunos possuem. Com apenas alguns cliques, eles conseguem dizer como se sentem, o que querem e o que entenderam de tudo o que é ensinado. O que antes parecia impossível para eles, agora se torna possível através da tecnologia” afirma Clara Rocha, 38 anos, professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), do Ana Marcelina.

Em salas de aula Multirrecursos, o aplicativo é instalado emtablets, e completamente adaptado conforme a necessidade especial de cada aluno, sendo possível que sejam feitas configurações personalizadas para autistas, deficientes visuais, auditivos, ou com paralisia cerebral. 

Todo o processo de educação utilizando o Livox, é supervisionado com particularidade pela professora do AEE, que faz perguntas de respostas simples como SIM e NÃO. Com o tablet na mão o aluno clica na tela, que apresenta quadrinhos com   informações sobre necessidades, emoções, o que comer, brincar, também permite que assista filmes ou a exibição de vídeos. Ao clicar nos desenhos, o App “fala” pelo aluno. Além de conter 12 mil imagens, o Livox permite a inclusão de outras. O App também leva em consideração as possibilidades de toque do aluno que pode ser com os dedos, com a mão fechada, considerando a limitação motora de cada usuário.

“Podemos ver em seus rostinhos a alegria que sentem, por se sentirem compreendidos.”Afirma Clara, que ressalta a importância da participação dos pais no processo. “É fundamental o envolvimento dos pais na utilização desta ferramenta maravilhosa, sem o qual não teríamos resultados tão surpreendentes”.

“O Livox veio para melhorar a qualidade de vida de nossos filhos, estimular seu potencial, proporcionando uma sensação de liberdade e trazendo uma infinita alegria para nós pais, por ver que nossos filhos são tão capazes como os outros, de aprender, são merecedores de serem ouvidos porque tem inteligência e sentimentos assim como os outros.” Diz Solange, 29 anos, mãe de um aluno.

Por concluir que o uso do aplicativo colaborou para o desenvolvimento de seus alunos, a instituição faz periodicamente reuniões com os pais dos alunos, fornecendo treinamentos através de palestras, vídeos e orientações com os professores, mobilizando os pais a estimularem seus filhos em casa.

A Escola Ana Marcelina, que já é referência no atendimento de crianças com deficiência, tem projetos aprovados pela prefeitura de São Paulo, para a expansão na unidade escolar, com ampliações no espaço de atendimento as crianças com deficiência e contará com atendimento especializado também para alunos do ensino médio.

“Nós temos a obrigação de buscar novas fontes de aprimoramento para nossa prática pedagógica, devemos agradecer a dádiva desta extraordinária invenção de Carlos Pereira, que já possibilitou até agora, que 20 mil pessoas com deficiência se comuniquem, e compreender que sem a ajuda da tecnologia seria impossível nós atingirmos o objetivo principal do nosso projeto pedagógico: a inclusão escolar” diz Silvia.  Priscila Elka Gonçalves

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