COMO COLORIR UM MUNDO SEM INCLUSÃO?

Fonte: http://emag.governoeletronico.gov.br/cursoconteudista/introducao/deficiencia-daltonismo.html


Lidamos com diferentes tipos de pessoas todos os dias em nosso cotidiano, e com o tempo aprendemos a particularidade de cada um e como alguns detalhes podem ser parecidos com os nossos… O nome disto é socializar, o ato de interagir com outro sujeito em um mesmo ambiente compartilhando ideias e identificando igualdades entre si.
Tendo isso em mente a escola municipal Santa Selestina localizada no interior de São José do Rio Preto resolveu ver um fator que até então era considerado “neutro” nas demais instituições de ensino, a inclusão dos deficientes visuais, pauta pouco tratada no meio levando em consideração que as demais necessidades especiais acabam tomando a frente nos projetos de inclusão da pauta escolar.
Quem colocou esse assunto para jogo foi a professora Ana Paula Fernandes Jocelim, de 37 anos, formada em Pedagogia e com duas pós graduações (Aplicabilidade em linguagem de sinais e Educação especial), que atualmente fica encarregada das aulas da disciplina de artes da escola. Porém foram com os alunos Kauã e Eduardo do 3º ano A que ela realmente sentiu a falta de suporte nas necessidades visuais.
“Como sempre eu inicio o ano letivo apresentando as cores primarias aos alunos e como aplicá-las em desenhos do cotidiano deles, porém com os meninos (Kauã e Eduardo) foi diferente, mesmo já sabendo do daltonismo avançado que ambos tinham até aquele momento não foi algo que atrapalhou a educação deles, até que eu entreguei aos alunos uma folha de papel sulfite com uma árvore impressa para eles colorirem, e após introduzir a cor verde e responder as dúvidas da sala notei que os dois estavam muito perdidos na hora da escolha da cor das folhas da copa da árvore e seus coleguinhas estavam zombando deles pela dificuldade.” Disse ela.
Após o término da aula a professora Ana começou a pesquisar uma forma para que os alunos entendessem que o daltonismo era algo sério e não um motivo de chacota.
“Fiz várias pesquisas até encontrar algo que fosse acessível já que grande parte da sala já tinha um smartphone ou já teve contato com o aparelho dos pais ou amigos”, ela encontrou um aplicativo chamado Daltonize Me Camera.
“Você pode imaginar como um daltônico enxerga o mundo? O Daltonize Me Camera oferece ajuda para daltônicos além de simular daltonismo.
Como funciona: o aplicativo fornece filtros para câmera em tempo real simulando todos os 3 tipos de daltonismo, e para daltônicos o aplicativo oferece ajuda com o complexo algoritmo daltonize funcionando em tempo real com alta performance usando o máximo da aceleração de hardware OpenGL.
É bom porque: facilita o aprendizado de crianças daltônicas que podem identificar melhor as cores de brinquedos e livros. Disponível para iOS.
Com isso ela conseguiu mostrar para os alunos a forma com que os amiguinhos viam o mundo e assim fez com que eles entendessem que cada um vê o mundo de uma forma, independentemente da cor o que importa é apreciar a beleza que a vida nos proporciona.
“Aplicativo interessante pois usa a câmera do seu iPhone para mostrar como seria a visão de um daltônico. Tem as configurações para daltônicos de verde, vermelho e azul. Logo abaixo, mostra a câmera normal, e depois ainda uma visão corretora para cada tipo de daltonismo. Assim, ajuda quem é daltônico a ver as cores de maneira mais natural.”.

A única dificuldade que a professora encontrou foi a disponibilidade de plataformas do aplicativo, já que ele só é compatível com o IOS, porém já foi pauta da última reunião de pais e agora em conjunto com todo o corpo docente e alunos eles estão tentando desenvolver novas formas de aplicar o daltonismo no dia a dia escolar, e para o ano que vem a professora tem como objetivo ampliar o seu projeto para toda a escola e segundo ela “dar voz a quem precisa ser visto”, com um projeto científico e petição para a viabilização desta necessidade na grade escolar dos próximos anos.

Por: Jenifer Natalie Paulino Pedro, RU: 1267881
Vitor Augusto Sganzella, RU:1273721
Uninter, Lençóis Paulista
Data: 02/09/2017

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